segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O PODER DAS MENINAS




Recebi, de uma maneira inesperada, um CD do grupo Spice Girls, no natal. Com todos os últimos hits, disponível em todas as lojas da Victoria’s Secret, uma loja internacional de roupa íntima. Imediatamente tive várias lembranças das minhas amigas, usando botas e recitando o “poder das meninas” ( em alguns centros comerciais, para delírio dos meninos). Algo interessante e diverido contagiava as meninas quando as Spice Girls entravam em cena. As cinco integrantes do grupo faziam parecer que tudo era diversão e amizade, e ter o poder de ser mulheres (e é claro, eram a última moda com suas roupas).
Mas o que lhes faltava?
Na minha opinião, provavelmente não muito. Eu era uma menina que estava apenas começando os estudos universitários. E ainda mais, para a minha geração, talvez a primeira que tinha sérias esperanças de entrar nos lugares hierárquicos e alcançar o êxito profissional (com as mesmas possibilidades dos homens), as Spice Girls eram somente a nata do leite. Uma reiteração da atitude “você pode tudo”, com amizades que não terminam nunca, mesmo que parecesse mentira quando o grupo se separou depois de alguns anos de sucesso.
Dessa maneira, as mulheres resumiam boa vontade, amziade e amor. Mas, apesar dessas coisas admiráveis, estamos em perigo de comprar a sua mensagem. Especialmente se quem compra é uma linda e impressionável jovem; precisamente o público alvo das Spice Grils.

O poder das meninas? Mas que tipo de poder?

Não e possível equivocar-se. Assistindo um dos vídeos das Spice Girls por apenas alguns segundos, ou olhando uma de suas fotos, tudo o que se vê é sexo, e a exploração do corpo feminino. Transformadas em objetos, o tipo de atração que essas mulheres exercem sobre os outros, não se deve a sua bondade ou sua inteligencia, ou sua paixão pela amizade. Seu encanto, seu poder, está no vender da sua própria beleza física. A confiança construída nesses meios é tão leve como a roupa que vestem. E não vai passar a prova da eternidade. Quantas meninas se afundam no desespero quando se olham no espelho e vem que sua realidade não satisfaz a demanda dessa fantasia!

As meninas precisam desse tipo de poder? Não!

Sejamos conscientes: cantar, vestindo roupa íntima, à respeito de estarmos unidas é incongruente com a mensagem de soliedaridade e lealdade que supostamente deveríamos viver e compartilhar como cristãos. E cada menina, seja cristã ou não, deveria entender que usar sua sexualidade e aparência para obter poder, é errado em todos os sentidos.
A impressão de que podemos ganhar o mundo e conservar os amigos, vestindo-se de uma maneira sensual, está totalmente errada. É uma mensagem comercial que enche os bolsos dos que produzem esse tipo de roupa. É uma mensagem psicológicamente muito nociva para quem a recebe. Isso não é o que a Bíblia ensina. E o crescimente e os transtornos da alimentação e dos delitos sexuais das últimas decadas indicam que a sociedade está começando a achar que sim.
Coloquemos nossos pensamentos em ordem e concentremo-nos no que Deus quer de nós (Fil 4:8, 1 Tes 5:22, 23). A continuação, apresento alguns conselhos antigos, mas muito bons:

“ O mesmo que enfeita o exterior embelece o corpo mental, o enfeite da mansidão embelece a alma, e vincula o homem finito a escolha”. ( Reflitamos a Jesus, p.256)
“Maravilhosa é a missão das esposas, as mães, e das obreiras mais jovens. Se elas quiserem, podem exercer uma influencia para o bem sobre todos e todas que as rodeia. Com a modéstia en vestir e um comportamento cauteloso, elas podem, com sua simplicidade, dar testemunho da verdade. Podem permitir que sua luz ilumine diante de todos que podem ver suas boas obras e glorificar a seu Pai que está no céu. Uma mulher verdadeiramente convertida pode exercer uma influencia para o bem” (O ministério da bondade, p. 164)
Deus não pode morar no coração ou na mente daqueles onde Ele não reina supremo. [...] O que é aparência por si mesmo? O que significa uma boa figura sem diginidade moral, bondade de coração e nobreza de mente? [...] Busca o céu; busca a verdadeira humildade, e Deus dirigira teu caminho” (Filhas de Deus, p128).
E digamos aos nossos jovens, meninos e meninas igualmente, aonde reside o verdadeiro poder e como obter o que queremos de verdade ( e deveríamos querer).
Por Kimberly Luste Maran
Kimberly Luste Maran es redactora asociada de la Adventist Review.
Artigo tirado da Revista Adventista (Espanhol) Julho-Setembro 2009

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